domingo, 9 de dezembro de 2007

As últimas palavras do Avô do boi

Hoje é um dia muito triste, aniversário do falecimento do avô do boi
e ele me pediu para transcerver aqui as últimas palavras do seu querido avô, q morreu por motivos desconhecidos!!! obs:Acho q de loucura!...hauhauhaua


Frio!Encolho-me por inteiro
Tentativa de aquecer-me em vão
Ajuda ao sacro-rei primeiro
Entrego-me então.

Frio!Sentimento organoléptico que não desistes de mim
Nem o sacro-rei pode me salvar
Queria poder sentir-me novo
Queria nascer novamente, metaforizar!

Frio!Entrego-me por devaneio à morte
Não agüento mais essa tortura
Já me ataca a espinha por dias
Entrego-me à morte; tortura! Loucura?

Se nem o rei pode me salvar
Quem poderás?
O único escape :deitar sobre coroas de flores e vestir o traje de madeira
Por concreto, onde vou deve ser mais quente
O sacro provido da luz , heptaderme, espera-me de membros abertos!

Loucura? TORTURA!!!
LOUCURA??TORTURA!!!
Loucura?...Loucura.
A vida é apenas uma fase triste entre duas piores
O suspiro de uma alma...
LOUCURA!!!
Frio!
Frio!
Frio!


obs:histórinha nada a ver...hauhaua
foi só um contexto pra colcoar...na verdade é uma poesia romântica da segunda geração e tem como tema a evasão suprema...o suicídio
q eu mesmo fiz:P
adios!
(Lucas Alencar)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Boi e a República (de 509 a.C. a 27 a.C.)

O Boi teve um vislumbre histórico extremamente antigo. Na verdade o Boi apenas lembrou-se do Império Romano e de como começou a fase de República.

"Em 509 a.C., o rei Tarqüínio, o Soberbo, de origem etrusca, foi derrubado por uma conjuração patrícia do Senado, que queria pôr fim à interferência real no poder legislativo. Tarqüínio governava de forma despótica, anulando, desse modo, os anseios patrícios de participação política.Terminou, assim, a realeza romana, e em seu lugar surgia uma nova estrutura administrativa, na qual o poder do Senado sobrepunha-se aos demais."


E então, depois desse momento nostálgico, o Boi soltou um mugido bonito e saiu pelo pasto afora.


Mariana Perchov.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O mistério da leveza do Boi

O Boi esteve pensando durante muito tempo dentro de uma caverna fria e escura no sul da Escócia. Longos trinta e tantos dias. Dias chuvosos, ensolarados, nublados e cinzentos, tudo ao mesmo tempo.Na verdade o Boi não sabe como o tempo estava, pois passou esses longos trinta e tantos dias dentro de uma caverna fria e escura no sul da Escócia. Então ele resolveu sair de lá e veio até mim num sonho chuvoso e nublado a mais ou menos dois dias atrás.

Disse-me que passou esse tempo todo pensando e que conhecera um Louva-Deus muito simpático. Pensou em dias, vindas, voltas, sopros,capim e muitas miniaturas de galinhas D'Angola. Creio que todos esses pensamentos transformaram o Boi num boi melhor e mais supremo, já que ele pediu para que eu mostrasse ao mundo um pouco do que ele pensou. Foi exatamente assim (PALAVRAS DO BOI, PALAVRAS DA SALVAÇÃO):

"Não consigo parar de pensar nas voltas que dei para chegar até essa caverna fria e escura no sul da Escócia. Não sei como parei aqui, mas penso que deve ter sido uma viagem longa e cansativa, pois meus cascos doem. Essa dor não é pior do que a traição de Mimosa, mas dói. Dói tanto ou mais que a dor de grampear o próprio dedo, embora eu não tenha dedos. Essa dor me dá muito medo de perder o rabo. Penso que se fosse meu rabo que tivesse sido arrastado por quilômetros até chegar nessa caverna, provavelmente eu não suportaria nem mais um segundo. Cometeria suicídio. Me jogaria de cima de uma pedra. Não,melhor: subiria na pedra.

Ainda bem que tenho a companhia louvável de um Louva-Deus abandonado pela biosfera. Contou-me que vive nessa caverna para mais de quase 3 semanas e que só não é pior do que quando morou atrás de um pote de biscoito numa fazenda mais ao norte. Penso se a vida de Adalberto, o louvável Louva-Deus, não teria sido melhor se ele tivesse simplesmente assumido sua condição de inseto e passado a viver em meio a outros insetos.'Sou anti-social, tenho medo de outros insetos', foi o que disse. Quanta besteira.

Tenho medo de outros bois mas nem por isso passo a evitar meu habitat natural. É isso o que todos deveriam fazer: assumir sua espécie, seu habitat, seu medo de outros insetos.Ou então deveriam colecionar miniaturas de galinhas D'Angola. Confesso que nunca tive o prazer de colecionar nada além de pedras e beijos de Mimosa, mas acredito que , se eu tivesse tempo e uma mente menos brilhante, provavelmente esse seria meu hobbie. E tenho dito."

AVE BOI.

Mariana Assisovich Perchov, Ordem de Merlim, 1ª Classe.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Teoria Idiota sobre a Idiotice humana.

O Boi está muito feliz esses dias. Esse chegou a uma conclusão brilhante sobre a vida, e mandou-me relatar para vós, réles humanos que não chegam aos pés das excretas bovinas do boi inspirado, que tem pés, tronco, membros e céfalo mais desenvolvidos que os vossos. Então tentem acompanhar o raciocínio brilhante do boi nesta crônica bovina sobre a idiotice. Seu idiota.

Teoria Idiota sobre a Idiotice humana.

Você não é realmente idiota. Eu não sou realmente idiota. Ninguém é realmente idiota, só às vezes. A idiotice nada mais é do que um ato estúpido, porém inconsciente, o que desqualifica todos nós como idiotas. Ou seja, cerveja. Viram? Isso foi idiota, mas foi algo automático, eu não pude me conter. E agora, após a idiotice de fato, vem a pior parte, o arrependimento.

O arrependimento consegue ser mais idiota que a própria idiotice. Você está arrependido por ter feito algo que não deveria ter feito, mas fez, mas você não fez realmente, mas fez, mas foi inconsciente, mas fez e pronto! E agora você vai realmente se tornar um idiota. A fase do arrependimento é a pior por um motivo simples, a inconsciência toma conta, ou seja, (dessa vez não), você para de pensar completamente. Você vira um zumbi, que deseja não cérebro, mas somente reparar as conseqüências da idiotice prévia.

A idiotice é algo que não pode ser evitado, você não pode lutar contra ela, ela é mais forte que você, ela é suprema e absoluta sobre a existência humana.

Então, pelo amor de deus, seja um idiota consciente, eu sei que você consegue! Faça um esforço e seja consciente nas suas idiotices, pois um idiota arrependido é a pior coisa que existe, principalmente para o objeto alvo da idiotice do idiota. Poupem essas pessoas de lamúrias e lamentações, tentem pensar antes de idiotarem.

Você já se arrependeu de algo né? Sabia, todo mundo já passou por isso, é ruim, principalmente quando você PRECISA estar atento a aula de física ou química, mas o arrependimento come toda a sua consciência, te joga em um estado muito idiota chamado Nirvana, no qual você consegue realmente não pensar em nada, o que é muito ruim, pois a angústia consome a ínfima parte do seu cérebro que talvez ainda pense. Então você procura se agarrar a um fio de consciência que resta e percebe que talvez você ainda consiga pensar. Então você tenta calcular o X de uma equação e não consegue. Você se desespera, mas então você lembra do barulho engraçado que os personagens fazem quando correm, e aí fica tudo bem. Ufa, que alívio.

Eu, como idiota consciente assumido (exceto por incidentes com pastéis), suplico a todos que tenham acesso a esse texto idiota, tentem ser mais idiotas, mas tentem pensar mais também, a vida é idiota, a prova disso é que todos vamos morrer no final, então não desperdice seu tempo criando leis de física, ou estudando compostos orgânicos. Perca seu tempo rindo de como o barulho do Liu-Kang é engraçado, ou como um careca atravessando uma grade pode ser estupidamente mais legal que Zorra Total.

Você não precisa pensar muito, pensar muito é ruim. A maioria das pessoas que pensam muito entra em parafuso, ficam lélés da cuca, começam a fazer idiotices inconscientes, aí já era. Eu quase fiquei assim, mas eu encontrei Xenu(abençoado seja), e ele me salvou disso. Não pense muito, você vai acabar concluindo que a vida é tosca, e que nada vale a pena, essa conclusão é bem verdadeira, mas também é bem idiota.

Idiotice por idiotice, eu prefiro continuar acreditando que a vida é idiota, e que aos idiotas ela pertence, talvez assim eu tenha a idiota impressão de que o mundo é adequado não para Faraday, mas para mim e pra você, que também se considera um idiota.

Obrigado por perder seu tempo lendo meu texto, e não sobre a Eletrostática, agora você talvez esteja mais feliz, ou mais triste. Eu não sei como encerrar esse texto, então eu vou só parar de escrever aqui, ok?

Mais uma coisa, vida longa a todas as pessoas que ainda acreditam que há algum significado em partidas de Mario Kart no Wario Stadium!

(Nossa, que final idiota).

daniel marques

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

ALEX E OS OUTROS...NOVA NOVELA DAS 69!!

1º EPISÓDIO
wLADIMIR ASSUME PARA TODOS O SEU AMOR POR ALEX!!!


http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=bc1990b373d29a08adfd928cbedc7a58



2ºEPISÓDIO
WLADIMIR VAI TER Q BRIGAR PARA FICAR COM ALEX PARA SEMPRE...MAS LEVA A PIOR!!!
OU N?WLADIMIR ENCONTRA COM OS CAPANGAS DE JOÃO NEGÃO, O SUPOSTO OUTRO DE ALEX!

http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=09c53e61983ac84f38669a3515d76aa0">


3ºEPISÓDIO
APARECE FINALMENTE ALEX NA TRAMA...E DEIXA NO AR Q SEU CÚ JÁ TEM DONO...MAS N FALA QUEM É!!

http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=194195a6bd9efec76fc822a7cce11b05

4ºEPISÓDIO
WLADIMIR FINALMENTE SE ENCONTRA COM JOÃO NEGÃO...PARA PODER RESOLVER QUEM VAI FURAR...OPA DIGO, FICAR COM ALEX!!

http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=e5f1ecb6c2a7bab68b99b5c8e2523339

5ºEPISÓDIO
DEPOIS DE WLADIMIR NUM GOLPE DE SORTE VENCER O CARA OU COROA...FOGE COM ALEX PARA BEM LONGE DAKI...PRA TERRA DE TOMARUNUKU NO JAPÃO!!

http://www.grapheine.com/bombaytv/index.php?module=see&lang=br&code=d36cb635e2547b57008f943fea9b2a48


FIM

(BY LUKAS)

sábado, 25 de agosto de 2007

Boi ô boi,onde estas que não me responde?

A tempos não venho aqui. Mais é que ando pelo mundo,o Boi se foi,me abandonou,talvez por esse motivo não tenha conseguido escrever nada a meses.
Procurei-o por toda parte,acho que estou enlouquecendo,respiro fundo e nada me vem a mente,não penso em nada.Apenas encontrar o Boi.
O que tem de errado comigo?Não sou o suficiente para ele.Não tenho as qualidades que ele espera de um transmissor da palavra sagrada?de idéias fantásticas.
Sinto saudade de quando o Boi me importunava todas as horas,nas horas mais complexas,ao menos o tinha comigo!
Com um simples Mugido já corria para ir de encontro á ele,com Papel,caneta, e paciência ficaria dias ouvindo tudo que ele tem a me dizer?!
POR FAVORRRR alguém explica ao boi que preciso dele para viver.
Tentei esconder de todos essa humilhação que é o esquecimento repentino do Boi para mim.
Mas já não suporto viver pensando nisso!
Me ajudem!
É o que pesso!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

O Boi e as calças IV.

Às vezes eu fico me perguntando se tudo não passa de um sonho.
Se tudo não passou de um sonho. Ou se tudo não passará de um sonho.

Fazem três horas que eu acordei e continuo deitada no mesmo lugar. Odeio essa sala. Quem precisa de uma janela se não venta? Quem precisa de um ventilador de teto que não funciona? Essas paredes são as mais horrorosas que eu já vi. Não têm cor. Nem textura. Parecem coisa alguma. E o interruptor é simplesmente horrível, e não tem utilidade. A lâmpada queimada e o ventilador de teto não funcionam. Agora eu entendo o motivo pelo qual eu nunca me senti confortável nessa sala, ela é vazia demais.E esse sofá fede. Só não fede mais que esse tapete que estou deitada em cima, um cheiro de mijo. E de leite azedo. O que é aquilo? Nossa, acabo de achar um pedaço de sanduíche embaixo do sofá. A julgar pelo tom meio acinzentado e pela carcaça de uma barata do lado dele, acho que não vale a pena me aproximar. Quanto nojo nessa sala. Eu preferiria ter morrido de vez, mas não morri. Ainda bem, ninguém merece morrer nessa sala.E estou preocupada, por três vezes o Boi tentou falar comigo e não conseguio. O que é que tem de errado em mim? Não sou digna de ouvir as palavras filosóficas do Boi? Sou vazia demais para ele? Ou é essa sala horrorosa? E essa TV mais horrorosa ainda, que bosta de canal mais imbecil. Cadê o controle? Ah, achei.Pronto, sem TV vou conseguir pensar melhor. O que era mesmo? Ah, o Boi. Qual será o meu problema? Ou o problema está no Boi? Não... O Boi não tem problemas, eu tenho problemas. Acusar o Boi de ter problemas é o mesmo que acusar essa sala de ser alegre demais.Acho melhor eu tentar me levantar, cansei de ficar desmaiada nesse tapete imundo. Agora com muito cuidado, primeiro as pernas. Ai, que cãimbra. Agora a cabeça... Os braços.

Pronto, já sentei, isso é bom.Agora um pouquinho de força nos braços e, AGORA SIM!Estou de pé. Que sensação horrível é estar de pé.Será que não seria melhor eu ter ficado deitadinha nesse tapete imundo? As coisas parecem muito mais feias nesse ângulo. Além de feder, o sofá está todo sujo, e tem uns rasgos horrorosos.A janela, além de não ventilar, tem muita sujeira nos cantos.E esse ventilador está caindo.AH QUE RAIVA DESSA SALA NOJENTA! APARECE BOI! Que ódio disso. O que eu faço agora? Fico perambulando por essa sala insuportável? E o que esse monte de bosta está fazendo aqui? Boi desgraçado, cagou na minha sala.Não vou limpar esse monte de estrume.Não tenho mais o que fazer aqui. Vou embora. Estou com fome e com sede, e nada nessa sala me alegra nem um pouco. E agora estou com raiva do Boi, idiota cagão.Vou-me embora.Se o Boi quiser alguma coisa ele que apareça, não vou ficar mais me preocupando com isso.

AAAH MISERÁVEL, O QUADRÚPEDE ESCREVEU COM A BOSTA NO CHÃO DA MINHA COZINHA! SEU MONTE DE SEBO!!!!!E O QUE ELE ESCREVEU? ...

Que diabos!! Quem ele pensa que é? E o que é isso... Ah não. Não acredito. Isso não é verdade.... UUUUUUUUUU BOI!!!!!! Por que isso? Por que comigo? Por que hoje? Por que desse jeito!?!?!Por que com BOSTA?! Por que na minha cozinha?! Por que não falou antes? Por que eu tive que quase me matar?E AGORA ISSO? Não pode ser, eu me recuso a acreditar. Monte de estrume quadrúpede que se acha dono do mundo. Aguarde , Boi, e verás.

domingo, 22 de julho de 2007

Eu fico muito comovido com o relato sobre a descarga a vácuo. De fato fiquei curioso para ver como aquilo funcionava, mas tive medo de ser sugado pelo vácuo, então desisti. Infelizmente nunca defecarei naquele shopping, pois o vácuo me assusta. Boa sorte a todos aqueles que usarem a privada a vácuo, espero que ninguém seja sugado. Vamos ao que interessa então.

CAPÍTULO DOIS
SOMBRA
Frances cresceu. Fato que também não foi muito significativo. A infância de Francis não foi feliz, mas pra ele não foi triste, na verdade foi só um tempo que passou. Francis se acostumou, quando criança, a somente viver por viver, ele não via significado na existência. Porém, ele não se preocupava, tão pouco pensava nisso e então ia vivendo e vivendo.
Francis não teve amigos. Isso também não fez muita diferença para ele. Desde sempre preferiu ficar sozinho. De certo forma Francis se relacionava bem com as outras pessoas, mas o mesmo tempo não via nenhuma razão nisso. Ele não se sentia capaz de viver entre as outras crianças. Ele não entendia o porquê disso, era apenas uma criança, era inocente, então ele simplesmente ignorava e continuava vivendo.
Ninguém nunca pensou nada ruim de Francis, todos o achavam um bom garoto, era somente reservado, todos pensavam. O resultado disso era que Francis não era notado. Francis agia como uma sombra, alguém que estava ali, mas ao mesmo tempo não estava. De certo forma ele gostava disso. Francis não vivia em um mundo comum a todos, ele não pertencia de fato a esta Terra. Ambos simplesmente não poderiam coexistir.
O mundo fazia mal a Francis, e ele fazia mal ao mundo. Porém, enquanto Francis era somente uma criança ele não tinha consciência disso.
Cada dia que passava a diferença que existia entre Francis e o mundo aumentava. O desapego de Francis a vida crescia. Juntamente com a dúvida.
Ao entrar na adolescência, Francis começou a ter dúvidas sobre tudo que era possível. Não como um adolescente normal, que tem dúvidas sobre coisas normais. Francis duvidava da existência, do mundo, das outras pessoas. Francis passou a se desconhecer como ser humano. Sua mente era constantemente perturbada. “Por que tudo é tão incompatível?” pensava Francis. Tudo aquilo deveria existir de fato? O problema sou eu ou o mundo?
Francis percebeu então, que existe uma barreira no coração das pessoas. Pela primeira vez ele percebeu algo em comum entre ele e os outros. Senso de auto-preservação, talvez. Essa era a única possibilidade considerável que passava por sua cabeça. As pessoas se afastavam por puro medo. Medo de viver e de se ferir. Ao perceber isso, Francis ficou muito frustrado. Agora na sua cabeça circulava a pergunta: “Vale a pena existir de forma tão limitada?”
Várias vezes Francis esteve muito próximo de por fim a sua própria existência. Ele percebia então que era covardia. Fugir não era uma opção, pensava ele. Durante toda sua vida Francis não conseguiu encontrar uma significado de fato para tudo isso. Ele decidiu, então, ter como objetivo ir atrás de uma razão, uma circunstância ou simplesmente um motivo para continuar respirando. Algo pelo qual valesse a pena continuar vivendo. Ele estava cansado de viver de forma tão insignificante.
Francis observava a maneira como as outras pessoas viviam. Para ele tudo aquilo era patético. O resto do mundo não parecia levar a vida a sério. Nem pareciam se importar com isso. Ninguém sequer parava para pensar que sua vida era pífia e inútil. Francis não conseguia entender. As pessoas iriam viver, morrer e nem se dariam conta de que suas vidas passaram. Para Francis isso se tornou um fardo. Ele simplesmente não queria morrer sem encontrar uma razão para aquilo tudo.
Infelizmente, aquela razão parecia estar mais longe do que tudo. A cada segundo que Francis passava procurando um significado, algo que valesse a pena viver por, mais fundo Francis ia à sua mente, e mais distante Francis percebia que esse “algo” estava. Era um ciclo vicioso, quanto mais Francis tentava descobrir, mas ele se perdia. Agora não tinha mais volta, ou Francis encontraria uma razão para sua vida, ou morreria tentando.
Todos os pensamentos de Francis o levavam ao caos. Francis era um ser humano de fato. As outras pessoas eram somente marionetes. A humanidade de Francis custava caro, porém, toda sua dúvida e sofrimento derivaram desse atributo. Ele foi abençoado, a essência de Francis é a cura para o mundo corrompido pela futilidade. Era papel de Francis, aplicar a vacina. Ele só não estava pronto ainda. Ele sabia que estaria pronto para tudo isso quando fosse capaz de encontrar um motivo para existir.

***

Francis não demorou muito para descobrir que El era um prisioneiro. Prisioneiro de sua própria casa e dos seus pais. E ele precisava se libertar.
Sua casa era pequena e de maneira assustadora era confortável. A casa era tão adorável, mas tão estupidamente fútil, que Francis a odiava mais do que tudo. Tudo era limpo demais, fofo demais, falso demais. Para Francis ali não era sua casa, e sim uma prisão. As paredes terrivelmente brancas eram para ele como as paredes de um caixão. Os móveis bem acabados em madeira-de-lei eram os algozes de Francis, que estavam ali a postos para executá-lo quando fosse necessário. As fofas almofadas que adornavam a sala pareciam querer conduzi-lo para se u ultimo sono.
O pior lugar, porém, era o seu quarto. A cama, sempre bem arrumada, e a janela, sempre bem limpa não eram familiares a Francis. Era tudo ridiculamente adorável. A vista da janela dava para a rua. Todas as casas que jaziam naquela alameda eram muito parecidamente adoráveis. Todos os vizinhos sorridentes com seus poodles. Tudo pateticamente padronizado e bonito. Aquela alameda parecia ter saído de uma fábrica de produtos em série.
Até que chegava o pôr-do-sol. Aos fins-de-semana, a vizinhança se reunia na praça central, onde todos assistiam emocionados ao fenômeno. Juntos, os patéticos vizinhos cantavam baladas amorosas, que para eles, nada significavam de fato. Para Francis, esse era o clímax da sua tortura. Todo o mundo caía sobre suas costas, e ele não conseguia escapar.
Então, finalmente, chegava a noite. Com ela vinha o silencia. Francis gostava. Agora, o mundo era ele. A noite era um único conforto que Francis tinha na sua vida. Durante esse espaço de tempo, Francis sentia que fazia parte do mundo, e que o mundo fazia parte dele. A natureza parecia reconhecer Francis como um humano de fato e lhe confortava. Francis escapava da sua casa, furtivamente, como um fugitivo e atravessava a rua, até chegar à praça. Agora ela parecia bela e confortava Francis. Durante o dia ela era colorida demais, brilhante demais, alegre demais. Agora ela era monocromática e silenciosa, agora ela fazia bem a Francis. Nela havia uma fonte, uma grande fonte, onde um anjo derramava a água através de um jarro que carregava entre os braços, como um filho.
O som da água circulando hipnotizava Francis. Aquele barulho tão suave entrava pelos seus ouvidos como o chamado de Deus. Seus pés descalços saíam do asfalto, que o machucava e agora toca na grama, que o conforta. Seus pés agora são raízes que estão plantados naquela terra, que para ele, é mais confortável que qualquer cama. As flores, agora sem cor, exalam seu perfume que acalmam o coração de Francis e o levam para longe dali.
Deitado sobre a grama, Francis observa a noite que o abraça, as estrelas sobre sua cabeça formam um caminho que lhe dá esperanças de continuar sua busca. A natureza recebe Francis como um animal, que está de volta a sua casa. De fato, Francis é um animal. Um animal selvagem, um ser humano puro, em essência. Os outros foram domesticados, amaciados, vivem uma vida sem sentido e sem significado. A natureza agora mostra a Francis que ele deve seguir em frente e ser o diferencial no mundo ridículo em que habita.
Aquela noite era diferente. Apesar de estar acostumado a se recolher ao parque toda a noite, aquela era diferente. Por pouco tempo, a natureza que abraçava Francis lhe mostrou que era hora de sair daquilo tudo e se libertar da sua prisão. Francis estava distante naquele momento, quando é trazido de volta a realidade por um som incomodo.
Como um carrasco que anuncia a execução, uma televisão é ligada naquela alameda, na sua casa. Sua paz chegara ao fim novamente. Toda aquela bela imagem de perfeição foi abalada por um aparelho de TV, que trás Francis de volta ao mundo real. Obedecendo ao toque de recolher, Francis se levanta da grama e lava o rosto na fonte, bem em frente ao anjo. Olha nos olhos da estátua de mármore que, apesar de não emitir nenhum som, diz para Francis ir para casa, que tudo aquilo vai acabar em breve.
Francis obedece e atravessa a praça, alcançado o asfalto, que machuca seus pés com uma terrível dor. Ao chegar a casa ele vê seus pais assistindo a televisão como sempre. Dirige-se então ao seu quarto, da mesma forma que um condenado vai até a forca. Conforma-se e deita na sua cama, onde não consegue resistir ao sono e adormece consciente de que tudo aquilo vai acabar logo.
Na sala os pais de Francis suspeitaram que uma sombra passou por ali, dão de ombros e voltam a assistir televisão.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Privada a vácuo

PRIVADA A VÀCUO



-Estava eu ,feliz e alegre, em casa fazendo ,ou melhor, esperando a minha mãe terminar de fazer para mim um sandwich, na verdade era um chesseburger mas isso n importa.Sentado em frente ao computador, como de costume, conversava com os meus amigos...O clima era muito divertido, tocávamos experiências, até que um dos meus colegas solta uma “BOMBA”!!Uma afirmativa que mudará a minha vida completamente desde então...Mas para você entender melhor, explicarei com mais detalhes.O assunto era a abertura de um novo shopping, como ele era, se tinhas muitas lojas...Até q então falamos do sanitário!E a “bomba” a qual me referia era está...SE PREPAREM...”ALEX DIZ: EU FUI LÀ ONTEM< CARA NO SANIT`RAIO A DESCARGA È A VÀCUO!.”..........................Eu fiquei parado uns cinco minutos pensando como uma descarga poderia ser a vácuo!O assunto de a conversar já não esse a muito tempo mas essa dúvida perdurava na minha mente!-ALGUEM PODE ME DIZER COMO FUNCIONA UMA DESCARGA A VÁCUO???!!!Aquilo n saia da minha cabeça, eu já agüentava mais!A comida já sem gosto na minha boca, a água que entrava salgada queimavam meus lábios.Meus amigos, era uma angustia o que estava passando, tenho q declarar...Aquela noite eu não dormi, pensei em todas os possíveis mecanismos que poderia, juntos, criar tal artefato.Pensei até um buraco negro alojado na no fundo do cano puxando todo ar e luz que havia ali!EU suava frio e constante, até que uma hora eu falei: ”Eu tenho que ir ver! Preciso ir ao banheiro deste shopping!”.Só que já era 3:20 da madrugada, nem se eu quisesse (E eu queria muito), eu iria lá ver o objeto que pairava nos meus pensamentos.Finalmente dormi o sono dos condenados, porém este sono era muito diferente, eu não estava apenas condenado a essa indagação, eu estava curiosíssimo!Era impressionante como uma simples (Eu disse simples?) descarga pode mudar a vida de uma pessoa.Acordei no dia seguinte e de imediato fui perguntar a minha mãe se poderia me levar ao shopping recém-inaugurado e outra “bomba” foi lançada sobre mim “Minha mãe só poderia ir a noite! ”AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, eu não vou agüentar!Eu preciso ir ver essa descarga...”. Não era só uma descarga, era uma descarga Á VÁCUO! Como era possível essa dúvida ainda estava na minha cabeça ,não poderia esperar até a noite para isso!Resolvi ir de táxi!De imediato fui tomar banho, esqueci de todos os passos principais de um banho perfeito ,estivera debaixo d’água somente por 1:37 segundos cronômetrados para não me atrasar ao meu encontro!Peguei qualquer táxi na rua!Poderia pegar qualquer tipo de motorista, mas tive que pegar logo o mais lerdo dos mais lerdos taxistas do país...Porque não do mundo!!!Um senhor, que já estava SAINDO da terceira idade...Como um senhor daquele ainda dirigia!-Pensava comigo mesmo-Meus Deus ele fez um percurso de 5 minutos em exatos 25 minutos e 47 segundos!Foi quando eu tive que tomar uma atitude:”PARA!!!”....”MEU SENHOR SERÁ QUE DÁ PARA iR MAIS RÁPIDO, EU ANDANDO IRIA MAIS RÁPIDO!!!”.O senhor esbugalhou os olhos e falou:”Já que está com tanta pressa porque não disse antes?”!De repente o velho pisou tão fundo no pedal do acelerador que a minha cabeça,por inércia, foi levada para trás!O velho desviava dos outros automóveis com uma astúcia impressionante!O medo tomou conta do meu ser, de certo que eu queria ver como a descarga (Á Vácuo, não se esqueça)funcionava o mais rápido possível , mas eu não queria morrer antes deste fato acontecer.Foi sem dúvida a experiência mais assustadora de toda a minha vida!Chegamos ao shopping em tempo recorde.Paguei ao velho, mas acho que paguei mais que deveria, estava tão tonto que nem consegui contar a quantia corretamente!Fui correndo aos portões do shopping , numa velocidade que quando deparei com a porta trancada dei-me com a minha testa no vidro da mesma, surgindo um galo extremamente grande na lado oeste da minha testa!Tal fato só fez aumentar mais a tortura.”PORQUE ESSA MALDITA PORTA ESTA TRANCADA???”.Olhei o meu relógio, que apontava 88:5959! Mas como eu estava muito tonto no momento deduzi que era 8:59 da manha.A terceira “bomba” foi lançada!BUMMM!O shopping só abria ás 9:00!”DÁ PRA ACREDITAR”!Aquela fora o minutos mais longo da minha existência.Contei cada maldito segundo!Mais ficava feliz também, pois a cada segundo que passava estava mais perto do meu objetivo!...58....59....1minuto!Dava 9:00 da manha, hora de se abrir o shopping porém não havia algum movimento para tal!Fiquei desesperado!Gritei a todos e a tudo...Invoquei até santo para derrubar aquela porta!Declaro que chorei!Me encostei no enorme portão de vidro e deslizando sentei no chão!CHOREI!Queria tanto ver a “DESCARA À VÀCUO!”...Mas porque dava tanto azar?Quando do nado o meu encosto sumirá.A porta estava finalmente aberta e dei-me com a cabeça no chão e os olhos nos olhos do guarda que abrirá a porta, perguntou-me se estava bem.Eu estava ótimo...Sentia o Cheiro do ar-condicionado e o ar das roupas novas e dos alimentos sendo confeccionados!OH!O cheiro das roupas novas e dos alimentos e o ar gelado do ar-condicionado!estava em êxtase!Poucos segundos agora, juro que corria mas via cada passo meu em câmera lenta!Subi todas as escadas, desci todas as escadas, subi e desci os elevadores!Planejei todo o meu dia de hoje!tudo dera errado e porque não mais uma coisa?EU N SABIA ONDE FICAVA O BANHEIRO!!!Aonde eu estava não tinha nenhuma placa me direcionando ou alguma alma viva para me informar,sai correndo(de novo).Até que achei um guarda, ele dirigia tranqüilamente, você escutou bem, DIRIGIA!Um certo tipo de transporte de duas rodas...Isso não interessa! O problema foi q o guarda não parou para me informar !Naquele momento nada mais me importava mais, so queria saber o caminho ao banheiro!Então já ofegante perguntei ao guarda, que supostamente era meio surdo, pois tive que repetir umas 4 vezes a pergunta até entender!Deu-me as coordenadas e se distanciou.Parei! Respirei fundo e voltei a correr.Finalmente cheguei a porta do banheiro, ela estava semi-aberta.ENTREI!Um banheiro muito bem arejado, limpo, digno de um hotel de 4 estrelas, só faltava as torneiras de outro, já q eu tinham a descarga á vácuo!Andei até a área dos sanitários, tinha cerca de 8 cabines para eu escolher!Qual deveria escolher?Escolhi a quinta, no sentido do homem barrigudo fazendo xixi até o barbudo jogando o papel no lixo.Abri a porta e me deparei com a privada...Emocionei-me!Aleluia, tudo o que fiz até aquele momento me levou até esta instante!Abri a minha calça, levantei a tampa e fiz o xixi mãos prazeroso da minha vida!Um xixi orgulhoso, o momento foi tão perfeito que consegui não molhar as bordas do mictório!IUPI!Estava preste a completar meu sonho!Parecia uma privada comum, mas escondia o mistério que rondava a minha cabeça!Direcionei o meu dedo para dar a descarga quando vi em cima da mesma um adesivo e fiquei chocado.”Na hora da descarga fechar a tampa”.Como assim?Eu não vou como acontece?Porque não colocaram tampas transparentes?NÂÂÂÂOOO!Eu precisava ver como acontecia!E se eu deixasse aberto?Fiquei com medo, pois o vácuo que ali se tornaria presente poderia me sugar para dentro do sanitário!Seria aquilo possível?O feitiço virou contra o feiticeiro!Eu agora temia a dar a descarga.Mas não poderia desistir agora, nessa altura do campeonato!Eu vou ver como funciona, não importo com ou o que acontecerá depois!Poderia estar ali a segundos do meu triunfo ou a segundos do meu óbito!è agora ou nunca!Direcionei mais uma vez o meu dedo ao dispositivo que acionava a descarga!Apertei!Na mesma hora um barulho imenso tomou conta minha cabine, mas eu n tirava os olhos daquela privada!VITÒRIA, diria você!Decepção diria eu!Tirando o ensurdecedor barulho nada me parecia diferente!A mesma água que adentra a minha privada ali também o fazia!Não era totalmente a vácuo ou nem mesmo tinha um buraco negro ali!Sai da cabine cabisbaixo e lembrei de todos os sacrifícios que fiz até chegar ali!Desolado e sozinho sai do shopping, nem mesmo as lindas roupas ou aparelhos eletrônicos me interessavam!Olhei para o seu , estava lindo , sem nuvens!Um táxi se aproximou e entrei, falei ao motorista o endereço e relaxei, agora não me interessava mais chegar depressão ao meu destino!Fiz um balanço do que me ocorrei naquele dia, e olhando para a “face” lateral do shopping percebi que a minha vida nada tinha mudado!Eu continuava o esmo, com os mesmo costumes, qualidade e defeitos!Só que agora olho para as situações de modo mais realista, deixei a minha visão de descarga a vácuo para trás!

(Anônimo)

domingo, 15 de julho de 2007

A Morte de Frances - Cap. 1 : O Nascimento de Frances

A Morte de Francis

CAPÍTULO UM

O NASCIMENTO DE FRANCIS

Muitas famílias desejam ter filhos. Outras não. Muitas vezes um filho é a única esperança que uma família tem de continuar unida, ou de encontrar a felicidade. Paradoxalmente, muitas famílias encaram o nascimento de um filho como uma benção divina, outras como um evento indesejado, ou um castigo. Alguns têm filhos como interesses monetários. Outras acreditam que isso é um mero acontecimento biológico, reprodução da espécie. Para algumas pessoas, porém, um filho não significa nada.

O dia estava pacato como sempre. Todas as famílias que moravam naquela adorável alameda estavam em suas respectivas casas, onde repousavam naquela bela tarde de domingo. O dia era, absolutamente, um dia qualquer. Exceto para aquele adorável casal, que naquele dia teria um filho. Ou não.

Francis nasceu. Não foi espetacular. Nem mesmo emocionante. Ninguém chorou, nem o próprio bebê. “Foi melhor assim” pensou o pai de Francis. As enfermeiras e os médicos se perguntavam como um casal tão adorável teria um bebê tão mirrado e sem graça quanto aquele. “Espero que continue assim” pensou o pai de Francis. De fato ele estava certo.

Seu nascimento não foi noticiado. Nem festejado. Muito menos planejado. Durante um pôr-do-sol de domingo Francis foi concebido. O hospital estava vazio. O belo casal chegou de forma bem tranqüila, como se tivessem ido à esquina comprar um maço de cigarros. “Espero que eles tenham televisão” pensou o pai de Francis. Novamente ele estava certo.

O hospital estava vazio, como de costume. Os funcionários conversavam discutindo o último capítulo daquela novela, assunto que gerava comoção geral. Aconteceu certa agitação com a chegada da família de Francis, já que era um fato raro clientes naquele pequeno hospital suburbano. A família foi atendida por uma horda de desocupados, que levaram a mãe para a sala de cirurgia, enquanto o pai, irritado, resolvia as burocracias. Todas as enfermeiras pareciam muito mais empolgadas que o próprio casal, que parecia aborrecido com a situação inusitada. Resolvidos os problemas burocráticos (e monetários, com tremendo desgosto), o pai de Francis se contentou que teria que esperar, assistindo à televisão com os outros funcionários. Freqüentemente checava o relógio, com esperanças que pudesse chegar à casa a tempo de ver o futebol.

Não houve problemas durante o parto. A mãe de Francis foi anestesiada. Ela se recusou a sentir até a dor. A única coisa que se ouvia no hospital era a televisão da sala de espera, na qual o pai de Francis esperava que o parto acabasse irritado com falta de conforto das poltronas. A televisão noticiava um homicídio que ocorreu na noite anterior. Um garoto, viciado em drogas, matou os pais durante uma crise de abstinência. “Tomara que acabe logo” pensou o pai de Frances. Continuou correto.

O parto foi rápido, para alivio do médico, que estava no final do seu plantão quando o casal chegou. Simplesmente concluiu seu serviço, entregou o bebê nas mãos da enfermeira assistente e saiu apressado para chegar logo em casa com esperanças de assistir ao futebol. De forma bem grosseira o médico entregou a criança nos braços da enfermeira mais próxima, sem todo aquele romantismo que é comum em filmes. A enfermeira, por sua vez, checou o sexo do bebê, e descobriu que era um menino. Em sua mente veio à lembrança de seu parto, e como em todos os partos que já participara, deixou escapar lágrimas de alegrias ao ver aquela nova vida florescer.

- É um menino! – Disse à enfermeira que parecia ser a única a esboçar um sorriso em todo o hospital.

- É... – Respondeu a mãe, sem um pingo de empolgação.

A mãe, ao contrário da enfermeira, não parecia muito feliz. Nem ao menos pegou o filho em seus braços, como normalmente é feito após o parto. “Coitado do bebê, tão feinho” pensou a enfermeira, que o mantinha seguro em seus braços. Francis era pequeno demais para um bebê normal, parecia que seu desenvolvimento não fora completo, apesar de ter passado nove meses inteiros na barriga de sua mãe. Lembrava um boneco velho que só respirava.

O primeiro banho foi administrado na sala do parto, onde Francis finalmente esboçou alguma reação. Parecia gostar da água, apesar do pouco contato que tivera. A enfermeira estranhou, nunca tinha visto um bebê se manifestar positivamente daquela forma durante o primeiro banho. “Parece que ele gosta de água, então” pensou ela, corretamente.

O mirrado bebê foi levado para o berçário, onde ficou sozinho, ele era o único que havia ali. A enfermeira tinha esperanças de que o pai ou a mãe fossem vê-lo, mas ela desistiu logo. “Devem estar cansados” pensou ela. “Um bebê tão feio para um casal tão bonito e simpático, é uma pena” pensou novamente. Todas as enfermeiras estavam realmente empolgadas com Francis. Fazia um tempo razoável que não aparecia um bebê por ali. Porém, todas elas perdiam o ânimo bem rápido, quando davam uma breve olhada nele. Não era bonito, nem fofinho, muito menos engraçado. Parecia morto, muitas vezes, se não fosse a respiração.

Depois do parto o pai de Francis voltou para casa, que não era muito longe dali, já que procuraram a maternidade mais próxima da casa. A mãe de Francis passou a noite lá, para observação. Com a chegada da noite Frances começou a se manifestar. A enfermeira que cuidava do berçário a noite estava espantada, a criança que parecia um brinquedo sem vida finalmente manifestava alguma humanidade. Isso a deixou feliz, geralmente os bebês alegravam um pouco o lugar e deixavam o serviço menos monótono. Porém, sempre que ela se aproximava de Francis ele não demonstrava felicidade, muito pelo contrário, Francis chorava. De forma muito interessante aquela criança se entretinha sozinha.

No dia seguinte a mãe de Francis teve alta. Todos na maternidade estranharam não aparecer nenhum parente, nem amigo da família. Como aquele casal tão adorável não tinha nenhum familiar tão adorável quanto para visitar o rebento? Todos os funcionários da maternidade ficaram satisfeitos com a saída de Francis e sua família. Depois do seu nascimento a maternidade parece ter entrado em um clima muito soturno.

Com a saída de Francis e sua família do hospital os funcionários ficaram de certa forma mais tranqüilos. Havia um sentimento geral de decepção. Como um casal tão adorável poderia ter um filho como aquele? A criança que parecia ser a última chance daquela pequena maternidade de recuperar um pouco de alegria falhou. Agora todos pareciam mais abatidos que o normal. Poucas semanas depois a maternidade fechou.

A família retornava para casa no carro, a mãe carregava o filho de forma displicente, sem ligar muito. O bebê permanecia em silêncio.

- Já escolheu o nome? – Perguntou o pai, de forma mal humorada.

- Frances – Respondeu a mãe com igual mal humor.

- Por que esse nome?

- Eu vi na televisão uma vez – Respondeu ela novamente, sem nem sequer olhar para seu filho.

Frances foi batizado na Igreja Católica. Os pais não sabiam realmente por que fazer aquilo. Mas fizeram de qualquer forma. Durante o batismo os pais de Frances o viram chorar pela primeira vez. “Que criança estranha” pensou o padre. Durante o batismo ocorreu à família o mesmo clima que durante o nascimento. “Espero que acabe logo” esse pensamento passava muito pela cabeça dos pais de Francis. Era realmente muito estranho, eles não queriam estar ali, batizando o único filho, mas o dever católico era mais forte, quase como uma obrigação. “O que os vizinhos vão falar se não batizarmos nosso filho?” pensava o pai de Francis.

A maternidade na qual Francis nasceu não durou muito. Algumas semanas após seu nascimento, ela faliu por falta de clientela. No seu lugar construíram uma bela e vistosa lanchonete. Que também não teve muita sorte, sempre acontecia uma briga entre jovens bêbados, ou assaltos, resultando na falência da lanchonete. O prédio então foi adquirido pelo governo, que o transformou em um abrigo para artistas falidos.

Será que Francis fazia mal ao mundo? Ou o mundo fazia mal a Francis? Essa foi a herança deixada a ele. A dúvida e os olhares tortos. O mau agouro, a sensação de que sua vinda ao mundo não era uma benção, e sim uma maldição. Francis nasceu, e isso não significou nada.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Boi's Back

Pessoas, humanos. Boi's Back. O Boi passou por um momento ruim da sua vida, ele chorou, contribui para o aquecimento global com gases, vagou pelo universo vazio e sombrio. Mas o boi finalmente encontrou um significado para sua vida e agora está de volta.

A longa jornada do boi será narrada em um livro que será escrito por ele próprio, e seus capítulos postados aqui.

O Boi pede desculpas pela ausência.

O primeiro capítulo vai sair em breve.

Enquanto isso, aproveitem uma poesia escrita pelo boi durante sua jornada.

Silêncio.

Feche os olhos.
Escute o silêncio.
Não há nada lá

Ruidoso no começo,
pode parecer.

Busque o silêncio.
Melhor Amigo.
Pior Inimigo.

Fonte de prazer e agonia.

Como um raio de sol,
como as trevas que nos cobrem,
o silêncio assusta, conforta.

Mais valioso,
que qualquer palavra.

Silêncio,
abraço,
olhar,
dor.

Impenetrável.

Em tua essência ele reside,
em vosso coração está plantado,
só falta,
encontrá-lo.

(daniel marques)

quinta-feira, 21 de junho de 2007

O Boi e as calças III.

Escuro demais, abafado demais, quente demais, apertado demais, suado demais, fedendo demais, lotado demais, barulhento demais.

Demais mesmo.

E foi demorado demais também. Peraí... Foi? Foi? Então não é mais? Hum... Muito interessante. Quer dizer que... ah é mesmo.

Não está escuro demais, nem abafado demais, nem quente demais, nem apertado demais, nem suado demais, nem fedendo demais, nem lotado demais, nem barulhento demais!

Não está mesmo.
Ah, agora entendi.Entendo, na verdade.

Lógico, eu não morri.Que bosta.Não tomei a quantidade suficiente de comprimidos? Será que eu sou assim tão inútil? Que não consigo nem me matar?Estou de novo na sala, que inutilidade.Sonhei aquilo tudo, então.

E agora não está mais silencioso demais! Começou a ficar barulhento, sim, muito barulhento.

Que coisa estranha...

Não é como o outro barulho, muito pelo contrário. O outro não fazia sentido, esse é até meio ritmado...E agora está aumentando... Hum. Bonitinho! Agora está realmente alto, não está tão bonitinho.

Toc, toc, toc, toc, toc, que chato. E alguém resolveu mugir...



UM MUGIDO.





Deus do céu, é o Boi!



Levantei-me rápido demais e , por uma fração de segundos, não senti nenhuma gotícula de sangue irrigar meu cérebro.

Desmaiei.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

O Boi e as calças II.

Cri Cri Cri Cri Cri Cri Cri.


O vento sopra sempre sai
A sede desce sente a sombra
Sobe a seiva sopra sai
Seita santa sabe mais




Morri? O que ouvi, vi, senti, enfim, foi assim.



Foi assim, enfim, senti, vi, o que ouvi. Morri?



Seita santa sabe mais
Sobe a seiva sopra sai
A sede desce sente a sombra
O vento sopra sempre sai


Cri Cri Cri Cri Cri Cri Cri.








Mariana Cota, viva ou morta?

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Boi Filósofo

O boi andou por horas atrás de alguém que pudesse tirar a sua duvida!
estava já sem perspectiva!
no meio desses pensamentos apareceu Mimosa!
a sua musa!
o seu amor!!!
a essa altura o boi já estava sem forças!
ele não havia comido nada desde a saída da casa De Maricota!
ele deitou-se no chão!
na sombra de uma árvore,tinha se cansado de procurar um pasto onde pudesse comer em paz!
é bem capaz dele ter passado por um e não ter reparado tamanha a reflexão que o Boi se encontrava!
todo este relato me foi contado ao despertar do Boi!
Após terem me dito que tinham visto o Boi andando sozinho, indo "pelas bandas de lá" me preocupei a demora do mestre Boi e fui a sua procura,quando o encontrei ele estava lá!
descansando toda sua magnitude na sombra da árvore!
quando ele acordou olhou para mim e disse
- Durante horas de reflexão! não posso ficar triste ou alegre pelo que as pessoas dizem!ou fazem! o que mais tem que me importar é o que eu penso sobre mim mesmo!
dito isso o Boi se levantou e sumiu no infinito!

ps: quem tem noticias do Boi favor se manifestar! estou preocupada com o Boi
Sara Cohim

domingo, 3 de junho de 2007

O Boi e as calças.





Já passava da meia-noite quando ouvi o Boi mugir lá fora. Levantei-me rápido demais e , por uma fração de segundos, não senti nenhuma gotícula de sangue irrigar meu cérebro.

Desmaiei.

Que barulho era aquele? Umas batidinhas vindas de algum lugar muito longe, fraquinhas... Um pouco mais perto, opa! Que coisa mais estranha,mais fortes! Hum... E mais rápidas, e mais fortes, e mais altas... Que coisa insuportável! Que barulho mais chato, essas batidas e essa bosta desse mugido dos infernos!!!

Mugido?

MUGIDO!

Abri meus olhos. "O BOI!". Levantei-me rápido demais e, novamente, por uma fração de segundos,não senti nenhuma gotícula de sangue irrigar meu cérebro.

Desmaiei.

E continuei desmaiada por sete horas.Acordei novamente com o sol no rosto, mas dessa vez sem barulho e sem mugido. "Oh meu Deus, para onde foi o Boi?".Provavelmente ele queria me contar alguma coisa, transmitir seus pensamentos bovinos, tão poéticos e criativos. E eu desmaiada no chão, tudo graças ao meu físico sedentário e fraco.Nunca senti um ódio mortal tão...odioso quanto aquele.

Demorei doze minutos levantando da cama, não estava disposta a desmaiar de novo para acordar semanas depois.Na verdade eu não estava disposta a fazer mais nada.Estava sentindo tanta raiva de mim mesma por não ter visto o Boi que decidi cometer suicídio. Peguei todos os analgésicos que encontrei e mais duas cartelas de AAS, porque AAS tem um gosto bom.Engoli tudo de vez com ajuda de um copo de achocolatado barato e quente. Sentei-me em frente à tevê e coloquei num desses canais de igreja.Não sei quanto tempo passou para os analgésicos começarem a fazer efeito, mas , na altura em que comecei a sentir a sala rodar, Marias, Joseiltons, Carlos e Joselenes já haviam sido salvos pelo Senhor.

Minhas pálpebras estavam muitíssimo pesadas, o pastor na tevê tinha uma voz muito grave e parecia falar em câmera lenta, aquele vento fresco batendo no meu rosto, tudo estava tão bom... Que sono... E então o pastor começou a bater na mesa, a platéia gritando de felicidade, e ele continuava a bater. Batidas, batidas, batidas... Cada vez mais altas e mais rápidas, e então todos falavam tão devagar em uníssono que pareciam mugir...

MUGIR!

Não! O Boi havia voltado! A sala tinha que parar de rodar, o pastor tinha que parar de falar devagar, eu precisava de adrenalina! Precisava acordar! O Boi estava ali , esperando por mim! Podia ver a silhueta robusta e pomposa do Boi por detrás das cortinas, eu precisava levantar!Mas meu corpo não queria responder aos meus comandos, todos os neurônios resolveram não mais funcionar, adeus sinapses.Não sei como nem de onde tirei força para gritar "ESTOU AQUI BOI! DIGA! SOU TODA OUVIDOS, Ó REI MAJESTOSO QUE INSPIRA PAZ!".A cada palavra que eu dizia, mais borrado tudo ficava. Não conseguiria aguentar nem mais um minuto. Foi quando o Boi respondeu, com a sua voz majestosa, com o seu jeito de rei:

-É...Sabe o que é, estou preocupado. Me perguntaram uma coisa ontem e eu realmente não sei a resposta.E Mimosa anda me esnobando, não sei o que fazer. E Martelo, o novo reprodutor do vizinho, tem dado em cima dela. E ela deixa, sabe, isso me incomoda bastante.Mas então, o que me perguntaram, sabe, eu não sei. Realmente não sei. Já consultei os sábios, mas não sei.Então pensei que você poderia saber.Você sabe?O que é que o cú tem haver com as calças?

E tudo começou a escurecer...

Desmaiei.





-Continua nos próximos capítulos. Ou não.




Mariana Cota.

sábado, 2 de junho de 2007

O Boi sozinho...

CAMPANHA FAÇA O LULA FELIZ

O Lula quer um dedo... dê um dedo pro lula!

***

O boi sentia tédio.

Seu amigo Mula, estéril e de gosto duvidoso, apresentou-o à sensação do momento: Fergie.

O boi achou apaixonante.

"Ela até parece uma vaca!"



***



Um dia, Mula morreu da Doença da Mula Louca, enfermidade comum entre os de sua opção alimentar.

O boi, trantornado, escreveu um poema sobre a enfermidade da solidão.



***

QUANDO SÓ...

A enfermidade abate o indivíduo
como o açougueiro desfere o
golpe da lâmina no pescoço do
bezerro, antes que este o perceba,
triturando a traquéia, arrasando os
sentidos.
O tormento retira o individuo
do convívio com seus iguais
de seus iguais.
E o faz tão sutil e docemente
que, logo, em multidão, festa
ou quaresma
Aquele se encontrará só.
Não mais que um botão no
deserto e não menos que o
mais podre, o mais dantesco,
de pele encrespada, de carne
explodindo em matéria morta,
leproso das cavernas.
Estando só, o animal
terá crises - o pobre! - de cegueira
das visões dos terceiros olhos
ao ponto de abaterem-se ilusões
d´óptica de
grandeza
superioridade
incompreensão.
Verá agudo, falará grave,
escutará de muito, beijará as faces,
mutilará orelhas.
E, estando só em turba imensa,
não verá ninguém.
E, em casa dos seus, não se despirá,
com medo dos seus, dos teus,
dos nossos, todos eles, seus irmãos,
como o breu teme a lamparina.
Por fim, tísico, se arrastará
por cantos-de-sala,
becos-sem-saída,
jardins e campos de trigo.
Onde cairá só, e chorará
só,
gritará também
esperneará também
confabulará também
também só e triste.
E, já louco, já morto, tomado de delírio,
transbordando de agonias tangíveis,
incabíveis e incontestáveis, de doente, só, escreverá um poema

***

- Láion Pessôa, estreando na filosofia do Boi Divino


sexta-feira, 1 de junho de 2007

Boi roteirista





Depois de muito pensar sobre a vida humana o boi chegou a conclusão de que não vale muito a pena escrever sobre ela, mas pra não dizer que ele não escreve sobre humanos, ele achou um texto guardado e resolveu postar aqui, na verdade é uma peça teatral que pode ser representando por uma mulher, com uma vaca ficaria mais engraçado, mas meio surreal então lá vai:

ps.: O boi está aceitando propostas de artistas famosos para interpretarem essa peça

Terríveis flatulências na padaria

(entra principal)

Principal - Mah que merda de dia esse o meu! alunos gritando, jogando papéis, acabando com nossas vidas! Com o único objetivo de sair para o intervalo e irem para casa depois! O pior de tudo é agüentar funcionárias mal vestidas com calças apertadas prontas para rasgarem, coordenadores ausentes todos os dias e patrões com sorrisos amarelos... ahhh, mas pelo menos eu vou comprar meu pãozinho do café da tarde...

(peido)

Principal - Para tomar meu cafézin...

(peido)

Principal - E descansar...

(Peido muito grande)

Principal - OH Meu Deus!!! O que foi isso!?

(peido)
(Todos paralisados no tempo, menos principal)

Principal - OHHH!! EU PEIDEI NA PADARIA!!!!!!! AAHHHHH! AHHH! AHHH! Mas que vergonha!!! O que o padeiro vai achar??? Vai achar que eu sou um maníaco depressivo precisando de ajudas intestinais, o padeiro vai me expulsar dessa padaria!! Padarias não são lugares para peidos, peidos não são bem vindos em um lugar como esse, ele vai achar que eu estava fazendo um atentado contra os queridos pães dele! Afinal, ninguém gosta de comer pães de uma padaria onde se pode peidar livremente! Minha vida nunca será a mesma depois deste peido...

(Muda de expessão rapidamente olhando para o padeiro paralisado)

Principal - Mas, e se o padeiro não tiver escutado? Como posso saber? Acho que foi um peido audível, mas vai que ele estava concentrado em outra coisa? Oh, mas que dúvida cruel, escutou ou não? eis a questão... acho que só me resta perguntar

(cara de choro e se recompondo ligeiramente para perguntar; Padeiro contando dinheiro)

Principal - Olá seu padeiro, tudo bem?

(padeiro responde sem se mexer)

Padeiro –tudo...

Principal -hehehe, está quente aqui não?

Padeiro - é...

(principal corta o assunto)

Principal – O senhor não andou ouvindo alguns ruídos estranhos ultimamente não?

Padeiro – Ah, foi bom o senhor ter tocado no assunto...

(Padeiro paralisado no tempo)

Principal – Ai meu Deus, é agora, ele vai falar que ouviu meus peidos e vai perguntar o que eu comi, ai meu Deus, ele vai chamar a polícia pra me levar preso daqui!!

(Padeiro volta)

Padeiro – é, ouvi uns barulhos muito estranhos ontem de noite, minha vizinha, aquela gorda feia, entrou na casa dela e sei lá o que tava fazendo, parecia o barulho das capivara lá de onde eu morava, aliás o senhô sabia que eu nasci no mato grosso do sul? Desde pequenininho acostumado a correr no meio dos boi, mas daí minha mãe deu o corno....

(Principal interrompendo)

Principal – hehehe, sim ,sim meu amigo, bela história, mas não era desse tipo de barulho que eu estava me referindo, era uma barulho que eu ouvi agora a pouco, tipo o barulho de bombinhas de festa junina! Sim! Bombinhas de festa junina!

(Padeiro se exaltando)

Padeiro – AHHHHHHHH, MAS EU SEI DO QUE O SENHOR ESTÁ FALANDO!!! EU ODEIO ESSAS COISAS ASQUEROSAS MAIS DO QUE TUDO! ODEIO COM TODAS AS MINHAS FORÇAS!!

(padeiro paralisado)

Principal – AI MEU DEUS!!!!!! É AGORA!! ELE VAI ME EXPULSAR DESSA PADARIA, VAI CHAMAR A TROPA DE CHOQUE! PIOR! ELE VAI LIGAR PRA MINHA MÃE!! AI NÃO ISSO NÃO

(Principal se virando para o padeiro de costas)

Principal - O seu padeiro, não chame minha mãe não...ela vai falar que ela não me deu educação...

(Padeiro agachado interrompendo principal sem dar atenção ao que o mesmo dizia)

Padeiro - São esses malditos ratos roendo esse canto aqui, está vendo? Mas esses ratos são uma desgraça na minha vida mesmo, vou detetizar essa padaria no feriado, no feriado de nossa senhora aparecida, eu já te contei a história de que meu primo deixou de ficar cego por causa de nossa senhora?

(Principal desconversando um pouco nervoso)

Principal - Não, eu na verdade queria saber se você sentiu algum cheiro duvidoso no ar, um cheiro fétido?

Padeiro – AHH!! AI minha nossa, perdão senhô...

(Padeiro paralisado)

Principal – Como Assim “Perdão”? será que ele peidou também?

(Padeiro normal)

- é minha mulher, ela não costuma tomar banho, ela toma banho só de mês em mês...

(Principal já nervoso)

- Não meu amigo, não é isso que eu to falando!! Quero saber se vc ouviu um som tipo um peido??? Um peido bem fétido!!

Padeiro- Peido? Não não, peido não...

(Padeiro paralisado)

Principal – OhMerda!! Eu já entendi qual é a desse padeiro, ele quer que eu confesse que eu peidei, pois eu vou confessar! EU CONFESSO MERDA!!

(Padeiro volta)

Principal – JÁ SEI QUAL É A SUA MERMÃO!! VC QUER QUE EU CONFESSE QUE EU PEIDEI!!, POIS É ISSO NÃO É?? POIS EU FALO!! EU PEIDEI! EU PEIDEI! EU PEIDEI!

(Principal começando a cantarolar)

Principal – EU PEIDEI! EU PEIDEI! EU PEIDEI!! HAUAHAU EU PEIDEI!!! HAUAHUAHUAHAU

(pessoas vão entrando na padaria e fazem um semi circulo do lado de principal)

Principal – EU PEIDEI! EU PEIdei, eu pei...

( se recompondo olhando em volta e percebendo sua situação)

Principal – Por favor seu padeiro, me vê um maço de cigarro...

(Padeiro dá o maço, principal paga e sai de cena)


(Mateus Luz)

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Depois de o Boi estar revoltado, apaixonado, sentimental, e anarco!
O boi resolveu declarar-se de vez a Mimosa!!!
E em um único poema juntou todos os sentimentos!!!



A paz na minha alma
Transmite-me
Na vida minha calma...
Porque dela fazes parte.
Transmite-me a razão
O suplicio de viver...
Engrandece-me o coração
De amar-te, até morrer.
Ensinaste-me a amar
Dar dom de perdoar,
Ser humilde e fugaz.
No amor, quase leigo
Com sentimento braseiro,
Devolveu-me a paz.
Quero-te para sempre
Amor fugitivo
Prender-te quero
Enclausurado amado.
Vem a mim
Vem pra cá
Estou aqui
Prendo me a ti

Transmite-me a razão
O suplicio de viver...
Engrandece-me o coração
De amar-te, até morrer.

E o BOi além de se sentir a mercer de Mimosa resolve deixar aqui um vídeo de uma das suas primas...Essa se chama Cowme Teta!Um vídeo promocional para divulgar sua banda!!!....tá aew!!!
o BOi achou q ela, realmente conseguiu o q conseguiu!!!Chamar atenção!



Poesia By Lukas!!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Boi Anarquista



O Boi está Anarquista. O capataz da fazendo marcou-o com ferro hoje, fazendo com que ele se revoltasse. Essa rebeldia fez o Boi organizar um movimento rebelde na fazendo e escreveu um texto sobre a Anarquia.


"Por que a sociedade burguesa é tão hipócrita? Talvez mais hipócritas sejamos nós, que não temos poder de mudar isso. Na verdade o mais hipócrita sou eu, que tenho consciência de tudo isso e não mecho um palmo. Política me dá náuseas. Não precisa entender de política pra saber que está tudo errado. O pior de tudo é ainda acreditarmos no futuro da nação. A política é como um câncer, se não for tratado se espalha e corrompo o resto do corpo, que simboliza a sociedade. Nesse aspecto, a nossa sociedade é um cadáver putrefato.

A Política impossibilita a vida em sociedade, na verdade, não conseguimos viver em sociedade. Criaram leis para organizar a sociedade, infelizmente, as leis limitam o nosso maior desejo, a liberdade. Tais leis acabam criando conflitos, que vão se agravar até um ponto que vai se tornar insustentável.

Esse ponto é a Anarquia. É uma utopia interessante. A Anarquia e a Ordem são dois lados de uma mesma moeda. Será que existe um ponto de equilíbrio entre o caos total e a ordem absoluta? Talvez sim, no passado, quando vivíamos de forma primitiva. Até que fomos evoluindo, alguns se tornaram mais inteligentes e resolveram tirar proveito dos outros. Nesse momento nasceu a política.

Será realmente que a ordem é necessária para a vida em sociedade? Sem dúvidas é, mas nos limita bastante. No final das contas, a ordem nos leva ao caos. Não importa quanto tempo leve, nosso destino é a destruição. Não importa o quanto evoluímos sejamos, a nossa essência é a maldade e miséria.

Claro que existem exceções. Porém, essas exceções acabam se tornando loucos, gênios, ícones da paz mundial, rock stars, mendigos. É idiota saber que na vida real o mal sempre vence."


(Daniel Marques)


Pra completar o Boi pediu que eu postasse um vídeo de uma música amplifica sua revolta contra o sistema capitalista.



Slipknot - Wait and Bleed

I've felt the hate rise up in me
Kneel down and clear the stone of leaves
I wonder out where you can't see
Inside my shell I wait and bleed.

(...)

terça-feira, 29 de maio de 2007

Boi Apaixonado

O Boi passeava pelo pasto, era apenas ele, quando ele viu uma movimentação estranha...
Era Mimosa, que agora dava mole para outro. Decepcionado o nosso amigo quis proferir algumas palavras.

Rabiscos de diário

Pensamentos soltos, loucos
Perdidos em tantas paginas

Te encontro nelas
Sempre; Tanto
Te vejo todo
Sorriso, tato
Palavras; tudo

Um todo tão meu
Ali escrito
Eu um todo tão seu
Esquecido

Escrito você, prefeito
Por nada e tudo
Um gesto, palavra
Às vezes sorriso
Um simples olhar.

(Sara Cohim)


*feliz por transmitir as palavras do pobre Boi Apaixonado!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Boi Sentimental




O boi está sentimental, mimosa deu mole pra ele, fizeram sexo selvagem e ele resolveu fazer um texto

Desde muito tempo a perfeição povoa o imaginário coletivo, sempre nos perguntamos como seria um homem perfeito. Ele teria sentimentos? Como seriam sua relações pessoais? O homem perfeito seria aquele ao ápice de sua razão? ou seria aquele que alcançasse o auge de seu sentimentalismo? Estas são perguntas que talvez nunca saberemos a resposta, a nós só cabe imaginar, e talvez tentar avaliar qual seria por fim a real perfeição.

Real Perfeição

Então o homem acordou perfeito, não tinha mais preocupações, não tinha mais dor, não tinha fome nem sede. Enfim, ele não sentia mais seus próprios sentimentos. Adormecera no dia anterior conflituoso e acordara no dia seguinte perfeito. Era bom demais, o homem se convenceu que aquilo era um milagre e seguiu sua vida. No entanto havia um preço a pagar. O que seria de seu grande amor? O homem tinha um amor, um grande amor. Por ela, ele arriscaria a vida se fosse necessário... mas agora ela não significava mais nada para ele. O fim de seu romance, que há tempos poderia significar o fim de sua vida, hoje não é mais nada. Passaram-se dias, semanas, meses, anos...e o homem continuava na mais plena perfeição até o dia, o dia em que a viu, mais linda do que nunca, passeando alegremente, esboçando o mais belo sorriso jamais visto pelo homem. Então a magia se quebrou, pela primeira vez em anos o homem sentiu dor, a dor da angústia, a dor de ter perdido a mulher que amava. Do que valia a perfeição se ela não lhe pertencia mais? aquele sorriso, aquela beleza, aquela mulher estava distante agora. Agora ele estava disposto a abandonar sua perfeição, ele não queria mais a perfeição, ele só queria tê-la novamente. O homem lutou, foi difícil, o ressentimento era maior do que a vontade de perdoar. Depois de muito tempo ele conseguiu por fim reconquistar sua confiança. Ele a amava e ela o amava no mais sincero amor. Foi aí então que o homem se tornou realmente perfeito.

(Mateus Luz)

domingo, 27 de maio de 2007

Frases do BOI REVOLTADO e parentes!

A filosofía boviniana:
Frases que descrevem a vida e os pensamentos bovinos a cada dia que passa!!!
Este é um tópico tipicamente boviniano...

1)"Vida passa, vacas passam, capim passa...Uma picanha bem passada por favor-só pensam em nos comer-isso me deixa muito irritado!!"
*.*---------->

2)"O bom de ser um boi é que posso chupar quatro tetas e n preciso de duas mulheres"

3)"É duro ser um boi, não consigo me masturbar pq não tenho dedos!"

4)"Não é todo dia que posso dar minhas tetas...Ela precisa estar no ponto!!!
por tanto não dé sua teta a toa....espere o ônibus!"

5)"Como você se sentiria se , toda vez que você vai cagar acha que coloca mais um et no mundo?"

6)"Teta, tetinha, tetuda....Quem é a mais tetozuda da terra do que eu? - e o espelho responde-"Pamela Anderson!"-Isso me deixa muito irritada!-.-"-Tetildes, tia do BOI REVOLTADO-
veja a imagem e entenda-------------->


7)" Como vou me desculpar aos humanos se eu contribuo para o aquecimento global!!!POrra, é só peido....Isso agora virou pecado!?!?!Vá dizer q você nunca peidou!"

8) "Como você se SENTIRIA..............SE PARA ACOPLAR COM SUA COMPANHEIRA, VC PRECISASSE DE UM BANQUINHO?! HEIN?"
-assista o vídeo e entenda melhor



9)"Não brinque comigo não!Se não vais verdes a furia...não posso me masturbardes mas posso te matardes!"



By Lukas

sábado, 26 de maio de 2007

O Boi está revoltado.

Bem-vindos ao Blog do Boi Inspirado. Nós, humanos que postamos aqui, somos somente mensageiros do Boi Inspirado. Ser superior que em seus momento de inspiração nós possuí (volte =P) e passa seus conhecimentos sábios pra vocês, ralé, porcos imundos. Hoje o Boi Inspirado escreveu uma poesia em um momento de revolta, já que não podia se masturbar, pois seus cascos o machucariam.

Suspiro dos Imortais.



Respire pela última vez.

Ninguém mais vai ouvir...

Seus gritos de dor, agora silenciados.

Quando a angústia te consome.

Chegamos ao clímax.

Agora só resta o caos.

O vazio maquiado.

Finalmente a porta está aberta.

Ninguém deseja o presente.

Todos temem o futuro.

Alguns rejeitam o passado.

Eu busco a realidade.

As sombras que cobriam o céu...

Agora de dissipam...

O Azul se foi, só resta o vermelho.

Vermelho sangue...

Vamos além do infinito...

Em busca do que perdemos...

Nesse mundo vazio e irreal...

Agora somos livres...

Livres da realidade mortal...

Do corpo material...

Estrelas sem brilho...

Suspiros silenciados...



17/11/2006

(Daniel Marques).

Adeus, Ave Boi.