sexta-feira, 25 de abril de 2008

Memórias Postumas do Avô do Boi!

Vai ai as memórias póstumas do avô do boi!



Há rosas
Por todos os lados
Há rosas no meu corpo por inteiro
Petúnias
Despedaçadas
Petúnias
Com pétalas de cheiro
Girassol
Por mais que tenso
Só não gira meu mundo
Fazê-lo ao inverso

Admiro agora as raízes das rosas
O cheiro pútrido das petúnias
E o girassol a girar
A colocar sete no meu lar
Por mais que eu tente me soltar

PARA!
FUSO de liberdade com solidão
Faz dos sentimentos:Confusão!
Declaro ao meu querido ente
Que não cometi algum erro
Confiei somente
Em um falso companheiro

Despeço-me desta
Como alguém que despede-se da própria filha
Adeus mundanos!

Cruéis mundanos...





obs:Fui eu mesmo quem a escreveu...
dou 10 conto se alguém descobrir todos os segredos dessa poesia!
depois faço um post com todos eles...existem vários

L.A

sexta-feira, 21 de março de 2008

O Boi e as experiências metafísicas com o mundo da poesia.

O Boi voltou da Sua maravilhosa viagem por novos pastos. Provou novos capins, novos ares e novos aromas. É correto afirmar que hoje, depois dessa magnífica viagem, o Boi é um novo boi.Um boi mais astuto, mais ereto, mais jovem, mais sedutor, enfim, mais boi. É correto afirmar também que o Boi , além de um exímio contador de histórias, tornou-se um exímio malabarista. E foi dessa experiência com malabares que o Boi aprendeu a diferenciar células lábeis de células estáveis.Foi dessa experiência que o Boi aprendeu a cantar "A Casca do Ovo" (Elba Ramalho, segundo o próprio Boi). Enfim, o Boi agradece aos Gregos (sempre os gregos) por terem inventado o malabares.

Mas não foi só para contar sobre sua experiência com o malabares que o Boi veio até mim num sonho mais lindo.O Boi veio para declamar suas mais belas poesias. Confesso que quando comecei a ouvir tais poesias, senti uma vontade gigantesca de acabar com a minha vida. Como é que alguém pode escrever poesias tão belas, tão magníficas? Como é que um bovino consegue encher as palavras de sentimentos e emoções? No momento em que o Boi começou a declamar as poesias, senti-me menor que um grão de areia no meio do universo.

Foi então que tudo se tornou claro e simples.Compreendi absolutamente todos os mistérios do universo, soube as respostas para todas as perguntas possíveis,vi o que existe no fim do túnel, achei um atalho para a última fase, compreendi a razão pela qual existe vida, enfim, entendi.

Pena que meu rápido vislumbre de compreensão absoluta duraram somente o tempo que o Boi passou declamando suas poesias. Ao fim da última poesia, a escuridão em que sempre vivi voltou.As perguntas, os mistérios, o medo, tudo voltou. Então o Boi olhou nos meus olhos e disse:

- Pensas que é fácil?Pensas que é fácil saber a resposta para tudo? O ser humano não tem força o suficiente para entender.Até eu, o Boi supremo, sinto-me desconfortável com tantas respostas às vezes.Então te contentas com a ignorância e mostra tu ao mundo inteiro um algumas poesias que declamei.


Tenho de cumprir o que a mim foi ordenado, então lá vai;

Poesia que o Boi fez para os vermes que comeram um pedaço de um cavalo morto.
"AH! cara pintada
OH! abre teus mares
IH! balança aqueles verbos
De lá pra cá, não pode parar"


Poesia que o Boi fez enquanto via Mimosa partindo.
"Tzi tza ô ô
É o choque de ter ver partir
Tzi tza ô ô
Quero-te de volta para mim
Quero-te como quero-me
Mas estás pra lá de Bagdá
Ô Tzi"

Poesia que o Boi fez quando Mimosa sumiu de vista.
"Pobre dor profunda
Sinto dor e angústia
Agora bebo chá com limão
Não sinto dor e pronome oblíquo"

E aqui termina minha missão. AVE, BOI.
M.A.M.